Mito #2 — A vida enclausurada é um desperdício de dons e talentos dados por Deus
“Tem certeza de que deseja entrar em um mosteiro? Você tem tanto a oferecer à Igreja e ao mundo!” “Como alguém tão bonito e inteligente como você pode querer se trancar para sempre?” "Que desperdício!"
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Qualquer jovem que discerne a vida contemplativa provavelmente já ouviu esses ou outros comentários semelhantes, que tocam em uma das dificuldades mais fundamentais das pessoas - mesmo as boas! — muitas vezes têm com a vocação enclausurada. Em todas as épocas houve quem criticasse a vocação estritamente contemplativa, argumentando que quem abraça esse modo de vida está “jogando fora a própria vida”, que seus dons e talentos poderiam ser muito mais bem aproveitados no mundo. Mesmo aqueles que reconhecem o valor da vida religiosa consagrada podem hesitar em encorajar uma menina que se sente atraída por uma vida oculta de oração, em vez de um apostolado ativo, como ensino, enfermagem ou trabalho missionário. Certamente Deus não iria querer que seus dons não fossem usados, não é mesmo? A vida contemplativa é, no fundo, um mistério. Portanto, simplesmente listar razões nunca será uma explicação adequada de por que uma jovem talentosa, bonita e inteligente se sentiria atraída pela vocação enclausurada. É uma questão de se apaixonar e, como qualquer casal pode dizer, existe uma realidade muito mais profunda do que meros “motivos” que os uniram por toda a vida. “O coração tem suas razões, das quais a razão desconhece”. Com isso dito, no entanto, não há talento que não possa encontrar seu lugar em um mosteiro contemplativo - habilidades práticas, artísticas ou administrativas são consideradas um grande trunfo para uma comunidade! No entanto, mesmo que nunca se peça a uma monja que exerça um determinado dom, ele certamente não será desperdiçado. É, antes, usado da maneira mais perfeita: como um sacrifício a Deus. Ele nunca é superado em generosidade, e aqueles que voluntariamente entregam uma parte de si mesmos dessa maneira serão amplamente recompensados nesta era presente e na eternidade!
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